ESTAMOS JUNTAS, OLHA SÓ ...!!!!

Blog de reencontro

domingo, 22 de novembro de 2009

Um lugar para se viver - por Martha Medeiros


A Maria Rezende é uma poeta carioca que recentemente lançou um livro encantador chamado “Bendita Palavra”, onde, entre tantos versos, fui surpreendida por este: “Dentro de mim não é mais um bom lugar para se viver”.

Este verso reflete uma necessidade de se exorcizar, um pânico de não detectar dentro de si um abrigo, uma quentura, um espaço aprazível onde caibam todos os nossos fantasmas. A voz que fala através da poeta tem vontade de expulsar-se d si própria, já não reconhece um sol interno – isso sou eu que estou interpretando, Maria fala mais bonito: “Teve um tempo em que esse dentro parecia com o fora/era um ótimo lugar pra uma moça como eu era.”

Aí a personagem do poema virou uma moça diferente, hospedou em si uma criatura arrebentada, ferida, nauseabunda, e danou-se, agora ela não é mais um bom lugar para se viver.

Explica tanta coisa, esse sentimento.

Explica a gente não conseguir se relacionar bem com os outros, explica autoflagelo, explica engordar ou emagrecer além do razoável, explica suicídio, explica nosso estrangeirismo mesmo quando sozinhos – ou principalmente na solidão. Como lidar com esse depatriamento, para onde levar nossa mochila, nossa bagagem, nosso eu mesmo prá se instalar em outro corpo? Nascer de novo não dá.
Ou até dá. Até dá.

De vez em quando é necessário a gente se perguntar se dentro de nós é um bom lugar para se viver. Depois de ler a Maria Rezende, eu tenho me perguntado isso. E a resposta, sem nenhum charme intelectual, sem nenhuma espécie de autoaversão, sem nenhuma inclinação underground, ou seja, da forma mais simplória, é que sim, eu sou um bom lugar para se viver.

Dentro de mim há pensamentos demais, o que torna tudo meio apertado, mas tenho tentado dar uma arrumada nessas idéias para que cada uma fique na sua gaveta. Há também sentimentos demais, mas de forma alguma vou expulsá-los, deixo que circulem à vontade pelo meu corpo. Dentro de mim as estações são bem definidas: verão é verão, inverno é inverno. Toca música aqui dentro quase o tempo todo, e há uma satisfação secreta que precisa se manter secreta para não passar por boba. Há crianças e adultos dentro de mim, todos da mesma idade. Aqui dentro existe uma praia e uma montanha coladas uma na outra, pare até Rio de Janeiro, só que os tiroteios são raros. O último bangue-bangue emocional que metralhou minha alma faz quase um ano. Dentro de mim estão muitas lágrimas que não foram choradas pra fora e muitos sorrisos que, de tão íntimos, também guardei. Dentro de mim, às vezes, são produzidas algumas cenas sofisticadas e roteiros de filme B. Como não gostar de viver aqui dentro?

E você, tem sido um bom hospedeiro de si mesmo?

domingo, 8 de novembro de 2009

"Se pudéssemos ter consciência
do quanto nossa vida é passageira,
talvez pensássemos duas vezes
antes de jogar fora as oportunidades
que temos
de ser
e de fazer
os outros felizes!!"
.☆ ★ ☆.

Olá, queridas amigas

Ficamos tão felizes com o sucesso e a alegria de rever as amigas no primeiro encontro, que com a chegada do fim do ano, decidimos marcar um novo encontro para o dia 12/12 as 19:00h, para confratenizar e celebrar a vida !!! Esperamos que possam comparecer e ainda trazer as amigas do Mercês que não vieram ao primeiro encontro.

Margarida e Tereza Alonso

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mais fotos...





























domingo, 4 de outubro de 2009

Licença pra falar sobre a importância da chamada...

Garotas, não sei como teria sido nossa reunião se não fossem as chamadas em ordem alfabética que nos forçavam a ficarmos atentas a cada início de aula...

A lembrança de nós todas gritando os nomes e os sobrenomes de cada uma de nós, ao descobrirmos que mais uma amiga estava subindo a escada, a toda hora ronda a minha memória sobre aquele dia e, na mesma hora, me volta a mesma alegria. Em Brasília, este encontro já ficou famoso e os detalhes já foram divulgados... O destino foi sábio em não me fazer jornalista, pois seria uma notícia nacional!

Voltando à chamada... vocês se lembram que a Irmã Carmem fazia a leitura de cabeça baixa e às vezes até conseguíamos uma pequena trapaça em favor da amiga ausente ... he he he. Mas quando ela levantava a cabeça, suspeitando de algum dos "presente!" menos convincente... ai ai ai... que enrascada!

Acho esta uma boa bandeira: "a volta das chamadas em ordem alfabética"... ah! mas teriam que ser com leitura do nome completo! Imagina! fantástico!

Justiça seja feita, todas nós viramos rainhas ao desfiarmos nomes e sobrenomes de nossas amigas pré-adolescentes naquele encontro!

Beijos

Virgínia, ... Marques Gomes!!!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A reunião foi tudo de bom!

Margarida nos proporcionou um lindo encontro e nos deixou muito a vontade. Amei rever minhas amigas de infância. A medida que elas ia chegando as lembranças vinham também. Foi um dia inesquecível!!!!!! Valeu!!!!!! Eu sempre gostei do Mercês, adorava estudar lá, apreciava a limpeza, gostava das irmãs, das colegas, gostava de tudo... Tudo isso fez parte da minha vida por muitos anos, tenho muitas lembranças boas e gosto de recordar. As festas juninas do Mercês eram demais! Não tem festas juninas como aquelas, um espetáculo! Eu já tinha meu par certo na quadrilha, era Sandra João Tadros. E a semana da criança? Era uma semana inteira de atividades muito legais: teatro, brincadeiras, gincanas, lanches, e não podia faltar o famoso filme ‘Marcelino Pão e Vinho’.hahahaha Lembram??? Muito bomm!!!
E o vôlei? As meninas jogavam muuuito! As vezes tinha jogo no colégio das Mercês de Friburgo, e a gente ia assistir lá, valia a pena. Eu gostava de jogar queimado depois das aulas, ficava uma turma jogando. Lembro também que tínhamos que assistir missa e, uma vez por semana, tínhamos que confessar. Fazíamos aulas de trabalhos manuais e também de música com a Irmã Rufina. A Irmã Carmem era muito inteligente, mas era bravinha, eu tinha sorte que ela gostava de mim, mas mesmo assim, nas aulas de ciências ficava com medo dela me chamar lá na frente para explicar a lição. Também tinha a Irmã Lucrecia, que dava aula de catecismo. A Irmã Isabel dava aula de matemática e nos cobrava a tabuada, e tínhamos que responder rapidamente caso contrário tínhamos que ficar depois da aula estudando no pátio.
Agora as meninas: Fátima Sueli, inteligente e estudiosa, me ajudou muitas vezes a estudar matemática e química e dona Tereza sempre fazia um lanche delicioso para nós. Áurea sempre me incentivou a estudar e a fazer faculdade; no recreio adorava comer sua merenda e, por conta disso, ela começou a levar uma merenda para ela e outra para mim. Dorinha, minha amiga com seu jeito meigo de ser mas mostrando que é uma verdadeira guerreira, sempre me ajudou muito.
Fátima Regina, morávamos na mesma rua e ficávamos sempre juntas; fui até madrinha de seu casamento. Sua mãe era uma pessoa iluminada, que eu amava muito. Soraya, éramos muito amigas, adorava ir na casa dela na Florália, brincávamos muito e passávamos o dia inteiro naquele lugar lindo. Ana Angélica e Margarida, amigas super atenciosas e sempre de bem com a vida. Virgínia, inteligente, engraçada, escreve e desenha muito bem. Tenho suas cartas e desenhos ainda guardados.
Tem uma amiga que foi pra Portugal desde 1987, Ana Maria Rodrigues Martins, nós tínhamos contacto através de cartões de Natal, ela é muito especial, quem sabe que na próxima reunião que tivermos ela possa participar.
Tem algumas que perdi contacto Filomena , Maria da Glória Viana, Lucy ...

Fico feliz de ter convivido um bom tempo da minha vida com todas vcs, Meninas da turma A ou da Turma B, meninas que sentavam na frente ou atrás, não importa. Guardo estas lembranças com muito carinho.

Beijos em todas
Claudia

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Fotos

Pessoas!!!!!

Helooo!

Podem passar fotos antigas para o blog...!!!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mulheres gritam muuuuito!!!!



















ÁAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!


Ora, por que gritamos!!!???
Ora, mulheres não poupam decibéis para se fazerem entender... ora, por isto!
Que baita noite!
Quem culparia a memórias pelos nomes trocados se no meio de nós estão trinta de nossos anos... ?
AH, mas a memória de algumas... cheia de nomes de freiras, alunas, professores e professoras, amigos lindos de amigas, e irmãos maravilhosos...? todos com nome e sobrenome... hummmmm... O quê era aquilo??? Fala a sério!.. Pode parar!!!!
Muitas falando ao mesmo tempo, mas loucas pra se entenderem!
E o carinho por todo lado? vamos combinar, gente... tem que ter no mínimo um encontro destes por ano pra colocar as histórias em dia com todas!

Beijos



Virgínia

terça-feira, 22 de setembro de 2009

22 de setembro de 2009

... apenas para dar um gostinho!
aguardem mais fotos e filmes!!!





quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Estamos juntas...olha só!



Mensagem para nós

Maravilha... !

...com certeza sem aparelhos nos dentes,

...sem saias pliçadas em xadrez cores bordô e verde nos dias de gala ou as meias brancas, cúmplices fabulosas na arte de mostrar somente os nossos joelhos para que nos vissem como freirinhas,... argh! como era irritante!

...ou, melhor ainda, sem as boinas de feltro! o passaporte para empinar uma pose no desfile de sete de setembro (uau!),

... nem preciso falar que fora dali era diferente, até as freiras sabiam (e nos vigiavam). Embaixo da dobra da blusa ficava escondida uma "massaroca"...era a saia enrolada até a altura que fosse preciso mostrar que tínhamos pernas bonitas! Quem seria aquela freira que gostava de nos vigiar na saída para nos dedurar ?... seria a que nos dava aulas de piano, uma bem gordinha e baixinha? ou seria a irmã Carmen?

Ah... espero que nunca me lembre do nome daquela colega que achava minha voz irritante. Esta eu dispenso... Caraca, foi um choque pensar que só por abrir a boca, alguém se incomodava comigo... Ela sentava bem no fundão da sala, sempre, era da turma dos que falam muito. Um dia, já dentro do ônibus (lotado!) de volta pra casa, no empurra empurra, aquele ar de indignação e a frase sinistra "te pego!". Nem me lembro direito, mas a conclusão foi de que minha voz era irritante... tá bom ou quer mais?! Dia sinistro...

Ah, a Áurea e seu álbum de fotografias da viagem à Disney... me lembro bem! Nunca desejei conhecer os EUA, mas me diverti vendo como ela estava empolgada e exibia as novidades trazidas de lá. Lembro que estava com meus treze anos e acabara de" ficar mocinha", fui a última do nosso grupo e não achei este o melhor dos mundos. Estranho..., esta impressão ficou presa àquele momento, guardei o desconforto de mulher que senti.

Soraya e o orquidário! lindos, ambos! ... divertida, amiga... tudo de bom! Saudade! Me impressionava a família grande de muitas loiras, muitas mulheres ... e o lago? lindo... já passamos dia inteiro e gostoso por lá.

Cláudia e seu o jeito meigo e inocente de enxergar todas as pessoas sempre me impressionou, querida amiga! Sim... e os dias de trabalhos em grupo em que D. Mafalda que me ensinou como fazer aquelas letrinhas gordinhas para o cartaz ficar impecável! um luxo!!!!

Angélica... fala mansa, olhos claros... seriam verdes? era só sorrisos, ao menos é esta a lembrança que ficou!

Maria Teresa Alonso... presença forte pela personalidade. Sempre positiva e impositiva na fala!

Nossa, desfiaria aqui uma a uma, as lembranças vêm numa avalanche. E a Manoela... (!!!) uma portuguesinha que quando começava a falar nem respirava... (!!!) divertido isso... tem uma covinha que deixa a gente pensar que sempre está rindo. Uma metralhadora falante...

Será que tudo ainda permanece igual? Igual não, melhor? Ai, que medo! Pintou aquele medo básico de quem já tem uns quilos, umas rugas, umas manias e uns graus a mais na lente dos óculos. Melhor não pensar nisto e tocar em frente... a emoção deve ser melhor do que fazer rappel!!!!
Lá estaremos nós, dia 12, diante das mesmas garotas-mulher. Casadoiras, descasadoiras, baixas, altas, cabelos curtos, cabelos longos, vermelhos, loiros, pretos, brancos (nunca! todos pintados!!!), aparelhos nos dentes (será? adulto também pode...).

AH, vamos falar das professoras então...

Irmã Glória e a tapeçaria...pontos e pinturas... que garotas prendadas! Uau! Almofadas, panos pintados à mão, ponto-cruz,... Falava-se que ela havia terminado um noivado, uma desilusão, e foi assim que descobriu o celibato. Ou será que ela dava aulas de religião? (corrigindo... Cláudia já me avisou que era a irmã Maria das Graças! isso mesmo!!!!)...

Francês era com a irmã Manuela, sotaque e voz inconfundíveis. Delicada no corpo mignon e no jeito de se dirigir à classe apinhada até o fundo por carteiras de madeira e meninas agitadas! Fiquei muitas vezes intrigada, talvez até indignada, não admitia que não se prestasse a atenção a pessoa tão meiga, tão gracinha conosco. Os trabalhos de recortes de revistas e traduções em francês eram muito divertidos, queria sempre tirar dez... mas nem sempre era possível! O sonho de conhecer Paris cada vez mais perto me encantava, queria saber pronunciar todas as palavras, conjugar todos os verbos... que difícil! fascinante!

Irmã Carmem... Ah, esta todos repeitavam por medo! Era dar um pio e "pra sala da diretoria" ou então nota baixa. A irmã Carmem e os experimentos de laboratório! Cacei insetos, pernilongos para ser mais exata, em casa e tive a impressão de ter caçado monstros: "- Oh, menina! que perigo! onde você conseguiu isso?" Olhei pelo microscópio e só via pernilongos, velhos conhecidos de quem mora em casa e é vizinha de árvores... "Será que isto é saudável?", pensei. Me deu um baita medo. Mas, afinal, nem seria esta a pior das histórias, a que corria entre nós sobre seu passado é que teria sido vítma do nazismo... isso sim, era de arrepiar. Será por isto ou pelos experimentos em laboratório que nem me importava com o terrorismo de suas aulas, exigente que era com disciplina, intolerante com as conversas de garotas irrequietas "-Silêncio, meninas!", dizia ela com aquele queixo saliente interrompido por uma pequena boca e a mão esquerda sempre pousada sobre ele, talvez a maneira de fazer dele um pouco menor.

Conversei com a Cláudinha e aí sim, apareceram muitos outros nomes.... irmã Maria Luiza... imagine só! a professora de português! inteligente! baita profissional! querida!

Será muito divertido fuçar essa caixola de memórias.


Ai, mas será que nos reconheceremos ?

Nem quero pensar nas minhas gorduras localizadas, no cabelo que não é mais longo, só nas pernas que agora são depiladas, na sombrancelha feita, na descoberta das maravilhas que a maquiagem faz, na coleção de filhos e suas histórias realizadas, netos? será que algumas de nós já os têm? nossa! Melhor não pensar nisto... não deve ser pior do que fazer rappel!

AH, então vamos nós! fazer lembrançinhas para que cada uma leve um pouquinho do carinho do dia 12 pra casa e que se lembrem deste momento...

Estou ansiosa para saber sua história, conhecer qual é a sua melhor lembrança de cada uma, saber quem é você durante estes anos todos (nem são muitos... risos!).

Conte aqui também a sua história, a nossa história.

Coloque as suas fotos as de nossa turma.


É um espaço que desejo que seja nosso.

Beijos no coração de todas.

Virgínia